domingo, 21 de fevereiro de 2010

TODA A SOLIDARIEDADE PARA COM OS MADEIRENSES!


As fortes chuvas que castigaram ontem a Madeira já provocaram 42 mortos e deixaram sem casa mais de uma centena de pessoas.
O temporal que assolou este sábado a Madeira tirou a vida a 42 pessoas e fez 120 feridos, alguns em estado grave. Há ainda a registar 163 desalojados, revelou o secretário dos Assuntos Sociais da Madeira, Francisco Ramos.
O governante adiantou à 'Lusa que o "depósito de cadáveres" foi centrado no Aeroporto da Madeira por "uma questão operacional" e que as vitimas mortais "ainda não estão todas identificadas".
Afirmou ainda Francisco Ramos que dos 248 desalojados, 85 já regressaram às suas casas.
Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita.
In Jornal Económico.


Toda a solidariedade é necessária!
Arronches não pode ficar de fora.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vai sobrar para nós....



O professor universitário António Guerreiro foi nomeado presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), disse à agência Lusa fonte hospitalar.

De acordo com a mesma fonte, o docente da Universidade de Évora exercia as funções de vogal no anterior Conselho de Administração da ULSNA.

A nomeação de António Guerreiro, de 41 anos, surgiu na sequência do pedido de demissão, apresentado em Novembro do ano passado, do antigo presidente do conselho de administração da ULSNA, Luís Ribeiro.

De acordo com um comunicado divulgado na altura pelo porta-voz da ULSNA, Ilídio Pinto Cardoso, Luís Ribeiro pediu a demissão por "motivos exclusivamente pessoais".

Já em Dezembro de 2008, o Conselho de Administração da ULSNA, também presidido por Luís Ribeiro, apresentou a sua demissão em bloco à ministra da Saúde.
Na altura, os directores de serviços médicos e de enfermagem do Hospital de Portalegre e os directores de quinze dos 16 centros de saúde que compõem a ULSNA também apresentaram a sua demissão.

Esta tomada de posição surgiu como forma de contestação por não terem sido nomeados, até àquela data, por parte do Governo, dois elementos do conselho de administração para chefiar a direcção clínica e assumir o cargo de administrador delegado da ULSNA.

Além de António Guerreiro, o novo Conselho de Administração da ULSNA integra os nomes de Vítor Silva, cirurgião no Hospital de Elvas e que ficará com o cargo de director clínico; José Ceia, enfermeiro director e Fernando Rodrigues, actual director do centro de saúde de Ponte de Sor, que ficará com a coordenação dos centros de saúde do Distrito.

Por apurar estão ainda os nomes dos dois administradores que vão integrar o Conselho de Administração da ULSNA.
Notícia publicada no Jornal Fonte Nova

A comunicação social tem estado a ouvir diversas personalidades do distrito e registado uma grande preocupação devido à composição do C.A. pressupor a tentativa de esvaziar de competências e serviços, os hospitais de Elvas e de Portalegre em detrimento do novo hospital a instalar em Évora.

A ULSNA é composta pelos hospitais de Portalegre e Elvas e ainda pelos 16 centros de saúde espalhados pelos 15 concelhos do distrito de Portalegre.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um homem perigoso que vive no mundo imaginário da propaganda


«Em qualquer sítio para lá de Badajoz, nenhum político sobreviveria um instante a essa grosseira tentativa de suprimir com dinheiro público o livre exame e a livre crítica, que a Constituição e os costumes claramente garantem. Mas não deixa de surpreender (e merecer comentário) que um primeiro-ministro de um partido que se gaba das suas tradições democráticas, declare por sua iniciativa, e sem razão suficiente, guerra aberta à generalidade dos media, que não o aprovam, defendem e bajulam. Não há precedentes na história deste regime de um ódio tão obsessivo à discordância, por pequena que seja, ou a qualquer oposição activa, de princípio ou de facto. O autoritarismo natural de Sócrates não basta para explicar essa aberração na essência inteiramente inexplicável. Tanto mais que ela o prejudica e dá dele a imagem de um homem inseguro e fraco. Pior ainda: de um homem desequilibrado e perigoso. A única hipótese plausível é a de que o primeiro-ministro vive doentiamente no mundo imaginário da propaganda.»

Vasco Pulido Valente
in PUBLICO, 07.02.2008

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dia de festa para toda a comunidade religiosa


A Nossa Senhora da Luz percorreu de novo as ruas da vila.
Numa cerimónia iniciada na Escola de que é padroeira e que culminou com a missa na Igreja de Nossa Senhora da Luz durante a qual as crianças arronchenses nascidas em 2009 foram apresentadas a Deus e à comunidade religiosa.
Segundo o padre Marcelino Marques, citado pelo Jornal Fonte Nova a origem da devoção à Senhora da Luz tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, 40 dias após o seu nascimento, sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro.•
Segundo a tradição judaica, "os pais eram chamados a ir apresentar os seus filhos ao Templo e oferecê-los a Deus, 40 dias depois do seu nascimento e essa festa é designada de festa de Nossa Senhora da Luz. A luz que é o Deus Menino nascido na gruta de Belém e que foi apresentado em primeiro lugar aos pastores, aos magos e hoje a Igreja celebra a apresentação do menino no Templo a toda a humanidade"

Nas cerimónias religiosas celebradas pelo padre Fernando Farinha integraram-se para além de uma significativa parte da população, a Sra. Presidente da Câmara Municipal, a direcção e o corpo docente da Escola Básica Nossa Senhora da Luz.

Fotos publicadas pelo Jornal Fonte Nova

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Este homem é um dos nossos! Lembram-se?


São muito boas as notícias que nos chegam da Escola de Música Adágio. A actual situação de crise não se tem sentido e, felizmente, a Escola tem vindo a crescer "se calhar graças à dinâmica e às actividades que vamos desenvolvendo", refere o director João Veiga.

Além de Portalegre, João Veiga lecciona também numa escola de música na localidade espanhola de Coducera. Nesta terra relativamente pequena que "quase não vem no mapa" existe uma "grande" escola de música. "Temos 120 alunos, o que é muito bom para uma terrinha que quase nem vem no mapa", realça João Veiga, acrescentando que muitos foram os grupos que já aqui se constituíram e os discos que se gravaram.
De acordo com o professor, a escola de música de Coducera "está a dar que falar" e, assim, a despertar o interesse dos meios de comunicação da vizinha Espanha.

Sem esconder que "é muito difícil trazer uma rádio ou uma televisão nacional por qualquer coisa que acontece de bom", João Veiga realçou que, na Escola de Coducera, depois de uma visita da rádio nacional de Espanha, agora foi a vez de uma televisão, a TVE.
Devido ao sucesso da Escola de Música e ao facto curioso de contar com alunos de Badajoz "que se deslocam de uma grande cidade para ir ter aulas à Coducera, o que é quase um fenómeno", a televisão espanhola "achou curioso" e quis conhecer quem estava por trás da Escola. Nesse sentido, contactaram e convidaram o professor João Veiga para fazer uma reportagem que, segundo nos revelou, relata o seu dia desde que sai até entrar em casa à noite.

Na semana passada, os jornalistas espanhóis estiveram em Portalegre na Escola de Música Adágio. "Embora esta reportagem se prenda mais com a minha actividade em Espanha, onde já dou aulas há seis anos, eles quiseram filmar um dia comigo, desde que saio de casa até que regresse", explicou João Veiga, acrescentando que esta cobertura jornalística está inserida num programa que a TVE tem relacionado com pessoas que desenvolvam a sua actividade junto à fronteira.
A reportagem de João Veiga vai passar na TVE, no dia 18 de Fevereiro.

Assumindo que, hoje em dia, "é muito difícil conseguir manter os alunos numa escola de música e combater-mos a concorrência, sobretudo das playstation", o professor sublinhou que "é preciso uma grande imaginação", sendo que "isso tem acontecido na "escola de Coducera". "Temos um grupo de música tradicional extremenha e um quarteto de acordeões, e tudo tem estado a correr bem", expressou.
Dividido entre Portugal e Espanha, João Veiga garantiu que "não é nada complicado", até porque "quem corre por gosto não cansa". Segundo nos revelou, considera-se um "sortudo" nesta vida e neste País "onde muitas pessoas estão desempregadas e outros não fazem aquilo que gostam". "Felizmente faço o que gosto e ainda por cima pagam-me para isso", disse, entre risos.

Sublinhando que "apenas faço o que gosto e esta foi a meta que delineei para a minha vida", o professor não esconde que "é um risco trabalhar por conta própria", contudo, e felizmente, "isso não se tem estado a verificar e neste momento já somos sete professores" na Escola Adágio, em Portalegre.

Texto de Catarina Lopes publicado No Jornal Fonte Nova
Fotografia propriedade do Fonte Nova

Como todos os arronchenses sabem o Prof. Veiga é o responsável primeiro pela criação da nossa Escola de Música e da maioria dos seus êxitos.
O seu êxito em La Codosera não nos surpreende. Nãos nos surpreende mas orgulha-nos!
Que continue a semear cultura, mesmo que não seja em Arronches, são os nossos votos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ELES COMEM TUDO. ELES COMEM TUDO...



O Fim da Linha

Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento.

O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.
Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal.
Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o.
Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos.
Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.
Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.
Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009
O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.

O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”.

O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”.

Foi-se o “problema” que era o Director do Público.

Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.
Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.


Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje (1/2/2010) na imprensa.

Artigo e foto retirados do Sol.

sábado, 30 de janeiro de 2010

VIVA A REPÚBLICA!


Cumpre-se este ano o centenário da República.
A 31 de Janeiro de 1891 dá-se no Porto a primeira revolta armada contra a monarquia e durante algumas horas os ideais republicanos tomaram conta da cidade.
A reacção monárquica não se fez esperar e actuou com grande brutalidade.
A 1 de Fevereiro de 1908,no Terreiro do Paço em Lisboa, são assassinados o rei D. Carlos e o Principe herdeiro.

A revolução estava em marcha. Lisboa era então um vulcão revolucionário.
A 5 de Outubro de 1910 a Republica é proclamada em todo o país.

O nosso concelho viveu esse dia com grande entusiasmo ou não fosse este concelho, no dizer de Teófilo Júnior, "um baluarte glorioso e formidável do republicanismo alentejano"!(1)
"... Na manhã do dia 5 começou a afluir ao Centro Republicano grande quantidade de povo que aclamava febrilmente a República e os seus maiores vultos. Pouco depois saía do centro a filarmónica acompanhada de povo que já era em número considerável, à frente do qual marchavam os membros da comissão municipal repúblicana empunhando bandeiras.
Dirigiu-se o cortejo aos paços do concelho, onde foi içada, numa das janelas a primeira bandeira da República.
... De uma das janelas da câmara falaram entusiasticamente os académicos Barradas Tenório e Teófilo Júnior e o operário José Lopes, os quais receberam do povo grandes manifestações de simpatia."
(2)
No ano em que se comemora o centenário da república é urgente que consigamos fazer renascer a instituição que em Arronches foi o centro da afirmação republicana, um espaço de resistência ao salazarismo e que os interesses politico-partidários da equipa que durante mais de trinta anos dominou o concelho mantem encerrado.
Estou certo de que a melhor forma de em Arronches comemorarmos o centenário da República será resgatarmos e abrirmos o Centro Republicano Arronchense.
(1) in Ventura, António, Teófilo Júnior - Vida e Obra.
(2) Idem